segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dessa vez não vou mentir, não vou simplesmente dizer que está tudo bem, porque não está nada bem. Admito que estou perdida, não sei à quem recorrer, à quem procurar, com quem irei desabafar. Talvez seja disso que estou precisando, de alguém que esteja comigo e que não me abandone como todos que um dia disseram permanecer ao meu lado, e como previsto, não permaneceram. Eu não sei mais o que fazer, não sei mais o que fazer pra voltar ao normal, se é que algum dia minha vida foi normal. Tudo isso tem me consumido muito. Preciso de um colo pra desabar, de alguém que esteja disposto a me ouvir, me entender, me abraçar e dizer que tudo irá ficar bem, e eu espero que fique mesmo. Não quero que me julguem, porque eu sei melhor que ninguém o que estou passando, e não é tão fácil quanto parece. Isso dói, e como dói. Não consigo sequer descontar a minha dor em lágrimas, elas já secaram faz tempo, já estou anestesiada, E meu sorriso continua estampado, escon
dendo a minha dor, a minha insegurança, os meus receios, do mesmo jeito que tampei meus pontos fracos, escondendo a minha fraqueza, meu desespero… Ninguém se importa, ninguém precisa saber, então guardei o meu “drama” pra mim, apenas. Estou sufocada com tudo isso, com tudo que há tempos venho ocultando, escondendo, disfarçando… Não é tão simples quanto parece, acreditem. No fundo, bem no fundo mesmo, acho que o problema está em mim. Não são as pessoas que me decepcionam, sou eu quem espera muito delas. Não são as pessoas que me fazem sofrer, sou eu quem sofro por qualquer bobagem. Não são as pessoas que se afastam de mim, sou eu quem as obriga a se afastarem. Não são as pessoas que me fazem chorar, sou eu quem chora por qualquer porcaria. Não são as pessoas que me amam errado, sou eu quem acredita demais no amor verdadeiro. Quer saber, talvez, eu seja o meu maior problema.



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